O céu se incendiou de luz
E as gaivotas
Sobrevoando as ondas
Diziam ao mar...
Adeus.
Com meus pés lentos
pesados de saudades
nas marcas de outros passos
na areiame diziam...
Adeus.
Com a chuva que caía
numa manhã
de um mês qualquer
vendo meus olhos molhados
diziam...
Adeus.
Quando as flôres desabrochavam
em vários jardins da cidade
e a primavera já fugia
me dizia...
Adeus
Quando a lua
mergulhando sua bela face resplandescente
sobre o noturno
silêncio do mar
me dizia...
Saudade.
Quando a vida fugiu
deixando minha alma
num alvorecer
misto de dor e lembrar
eu percebi então
que adeus
as vezes é a saudade de não ficar.
E a vida continua em tantos corações
a bater dolorosamente
num só palpitar...
O adeus da saudade.
De Araujo Jorge
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