domingo, 14 de fevereiro de 2010

Quimeras do poeta



Não gosto de chuva
Quando ela vem
Você não chega
E meus olhos, como as águas do mar,
Salgadas,
Se misturam num chorar silencioso,
Solitário.

Gosto quando o sol vem,
Porque você chega
Trazendo no mistério dos seus olhos
castanhos,
O mistério das profundezas do mar.

Mas quando o sol se põe
E você parte sem adeus,
Mas sem a certeza de que irá voltar,
A noite me envolve
E me consolo nos versos
Como você se consola nas preces,
Recolho plavras e construo um
mundo de fantasias
Para enfrentar a relidade do nunca
mais.
Mas o nunca mais não existe
Porque os poetas sabem
Esperar
E esperar...

J.G. de Araujo Jorge